Redação Blogáximo
A Globo já foi bem mais criteriosa ao selecionar o conteúdo de suas atrações que vão para o ar. Em sua fase mais 'libertina' dá mais uma colher de chá de sobrevida para o famigerado Esquenta de Regina Casé, que explora as mazelas sociais do país de forma didática e vitimista. Ontem, não consegui assistir o programa, quando comecei a ver a missão do dia: falar mais uma vez sobre preconceito racial. É cruel o preconceito, de doer no corpo e na alma, mas eu acredito que ninguém sai dessa vida sem pagar a conta pelo que fez. Bem, mas voltando ao assunto, Lázaro Ramos estava lá para contar suas experiências de discriminação, assim como uma convidada para falar que na época da escola, os colegas só se aproximaram dela ao perceberem que ela era uma ótima aluna e conseguia as melhores notas. É verdade, que muito se evoluiu, mas até hoje o preconceito contra os negros é real e contínuo. Mas, francamente, a produção da Globo não poderia trazer as mesmas personalidades e fazer um encontro amistoso, um bate-papo agradável sobre outros assuntos que enalteçam a figura humana e não ajudem a reforçar mais esse tipo de violência inaceitável?!?! A impressão que eu tenho vendo a câmera focar na Regina Casé sorridente, entrevistando, tanto o ator como sua convidada é que, parece que ela gosta de dramas da vida alheia, ou sente prazer em contar essas histórias, porque talvez considere que ser pobre, ser de origem humilde, corresponde a ser vítima de tudo, o que não é verdade. Espero sinceramente que essa seja a última temporada do Esquenta, porque o discurso e a ladainha da Regina Casé parece ser o mesmo de muitos políticos que sobrevivem do sofrimento alheio em época de eleições. A Regina é popular? É! Humana, amiga, solidária? Também! Mas é melodramática, exagerada? Idem, idem!
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